quarta-feira, março 15, 2006

Mais uma de bêbado

Mas como é que pode ser verdade uma porra dessas?
Denerval estava babando em frente o computador, sem nada pra fazer no emprego e pensando na vida.
Depois do porre homérico do domingo, faltou no trabalho na segunda-feira e deu a desculpa da caganeira.
"Nunca mais vou beber tanto", pensava enquanto ia navegando por páginas de futilidades virtuais. Já fazia dois dias que Denerval não punha uma gota de álcool na boca. Não conseguia acreditar que estava dominando o vício. ao final do expediente, caminhou devagar até o metrô, quando ouviu uma voz feminina lhe chamar. Era Matilde, uma antiga amiga de faculdade. Para sua surpresa, ela estava linda, num vestido preto que demarcava suas formas ainda joviais. Envergonhado, barrigudo e barbado, cumprimentou meio sem jeito, enquanto enfiava a camisa pra dentro da calça. Ela estava realmente muito surpresa e revê-lo e não demoraram a entrar em um boteco do Centro para relembrar os velhos tempos. "Fudeu, já tô no copo de novo" - Denerval pensava e tomava mais um gole. Matilde, animada pela cerveja e pelo bom papo do amigo, ria e jogava os cabelos pra trás, meio zonza. Dois fedelhos entram no boteco vendendo rosas. Denerval compra uma e oferece a Matilde, que lhe retribui com um beijo. Mais umas cervejas e ambos já saíam abraçados, um se apoiando no outro, sem saber pra onde ir. Denerval vê um táxi e faz sinal. Eles entram no banco de trás e começam a se beijar enlouquecidos. Janjão, o taxista, não perde tempo e acelera pra zona leste. Pelo espelho retrovisor, jap enxerga os seios de Matilde, que Denerval não consegue parar de apertar. Excitado, Janjão ajeita o espelhinho para mirar por debaixo da saia. Ao encontrá-la sem calcinha, fica impressionado e esquece-se do volante. Não demorou a chocar-se contra um poste. Matilde foi arremessada e morreu com o crânio no pára-brisas e os seios na cara do Janjão, a essa altura sem pernas. Denerval abre a porta e sai, trôpego. Acende um cigarro e procura outro bar. Aquele susto deu sede.

2 comentários:

Anônimo disse...

Janjão morreu ou ficou apenas sem pernas?
bom... erro taxista! ahahahha
com certeza Janjão era um dakeles velhos de cabelos acaju, de camisa cinza desabotoada e calça social marrom que chama as mulheres de "minha flor" hahahaha
vou entrar aki sempre!
me lembra sempre! ahhaha

Anônimo disse...

"Aquele susto deu sedeeee"
HAUAHUAHAUHAUAHUAHUAHAUHAUAUHAUHAUAHUAHAUHAUHAUHUAHUAHAUAHUAHAUHUAHAUHAUHAUHUHAUUHAAUAAHAUAHAHUAHUAAAUUUUHUAHAUHAAAUHAUHAUHAUAHUAHUAAHAUHUAH
Só isso já vale o texto todo....
Besos